Criado em 2001, no Teatro Vila Velha, o Vilavox atua ininterruptamente desde então. A partir de 2009 passou ocupar a Casa Preta Espaço de Cultura e a co-gerir o espaço. Montou 10 espetáculos, circulou por todas as regiões do Brasil e, fora do país, apresentou-se em Portugal, Alemanha e Uruguai.


Currículo

Em 2001, o Vilavox estreia no Show As Canções que Jarbas fez pra Nós em comemoração ao 37º aniversário do Teatro Vila Velha, participa do espetáculo ‘Material Fatzer, estreia 05.07.2001, que reuniu o Bando de Teatro Olodum, a Companhia Teatro dos Novos e o Vilavox no palco principal do Teatro Vila Velha, sob a direção de Márcio Meirelles. Inicia seu treinamento diário, com ensaios e aulas com profissionais das áreas de dança, canto e teatro.  

No ano seguinte (2002) o grupo faz nova temporada de ‘Material Fatzer’ e estreia ‘Trilhas do Vila’ em 14.09.2002, com direção de Gordo Neto concomitante à gravação e lançamento do CD homônimo, patrocinado pelo Ministério da Cultura.

Em 2003 faz nova temporada de ‘Trilhas do Vila’ e estreia “Almanaque da Lua” no Cabaré dos Novos no Teatro Vila Velha em 12.08.2003, também com direção de Gordo Neto e direção Musical de Jarbas Bittencourt. 

No ano de 2004, foram realizadas duas temporadas de ‘Almanaque da Lua’, o grupo participou do espetáculo ‘Autorretrato aos 40’, em comemoração aos 40 anos do Teatro Vila Velha, com direção de Márcio Meirelles, Gordo Neto, Débora Landim e Chica Carelli.  Ainda este ano montou o espetáculo ‘Primeiro de Abril – Um Espetáculo Sobre o Golpe Militar’ em 08.10.2004 – seu maior êxito de público – com direção de Gordo Neto e novamente parceria com Jarbas Bittencourt.

Em 2005 inicia os estudos para montar “Canteiros de Rosa”, que recebe os prêmios Funarte de Teatro Myriam Muniz e Caravana Funarte Petrobras de Circulação Nacional de Teatro no ano seguinte com estréia em 28.07.2006. “Canteiros” também é indicado ao Prêmio Braskem de Teatro nas categorias Melhor Direção (Jacyan Castilho) e Melhor Composição Musical (Jarbas Bittencourt).

Para montar Canteiros de Rosa (2006) – uma adaptação de contos do escritor Guimarães Rosa – o grupo promoveu debates com especialistas na obra do autor e em temas abordados no texto, como a loucura e a solidão – que resultou numa publicação reunindo extratos das falas destes especialistas. 

Estabelecido como um grupo que mantêm repertório e atividades continuadas, o Vilavox, em 2007, parte para a circulação de Canteiros de Rosa e mantém Primeiro de Abril em cartaz, sobretudo para plateias de estudantes.

Durante o ano de 2008 o grupo esteve em cartaz com três peças.  Com as duas de repertório (‘Canteiros de Rosa’ e ‘Primeiro de Abril’) fez temporadas, apresentações fechadas e participação em festivais.  Já o novo espetáculo, ‘Labirintos’, com direção de Patrick Campbel, estreou em 31 de Julho  e levou o grupo, pela primeira vez, a sair da caixa e experimentar o espaço externo.  A peça, itinerante, explorou tanto os espaços do Teatro Vila Velha – seus palcos, escadas, corredores e galerias – quanto a área externa onde se encontra o Teatro – o Passeio Público.

2008 é também o ano em que o grupo inicia seu projeto de manutenção de atividades continuadas, com o apoio do Fundo Estadual de Cultura do Estado da Bahia (FCBA).  O projeto proporcionou, ao longo de oito meses de atividades (agosto de 2008 a março de 2009), uma intensa programação. Foram oito leituras dramáticas, dois espetáculos de repertório, três oficinas ministradas pelo grupo, três oficinas ministradas por profissionais de outros estados e publicação da revista ‘Vox da Cena’, com artigos de diversos profissionais sobre ‘Musica e Musicalidade no Espetáculo Teatral’. 

Em 2009, além de manter seu repertório, o grupo promoveu oficinas com nomes de destaque do teatro nacional.  Sergio Siviero e Roberto Áudio, do Teatro da Vertigem; Sergio de Carvalho e Martin Eikmeier, da Cia do Latão e também Marcio Marciano, da Cia Alfenim, em 2010, além de oficina de teatro físico com o diretor Bernhard Bub, do Grupo Antagon, de Frankfurt.

Desde maio de 2010, o Vilavox ocupa uma casa no bairro Dois de Julho, centro de Salvador, onde ensaia, promove oficinas, guarda seu acervo e mantém seu escritório de produção. Participou neste ano das atividades do Palco Giratório (SESC) em Salvador, apresentando o espetáculo Canteiros de Rosa e fazendo intercâmbio com o grupo Expressões Humanas (CE). 

Em 2011, durante três meses promoveu oficina de teatro na região do Baixo Sul da Bahia, apresentando, ao final, o espetáculo “Nós do Teatro do Baixo Sul” com os quase 50 alunos participantes.  

Ao longo desde ano vem se dedicando aos ensaios e apresentações do seu novo espetáculo, O Segredo da Arca de Trancoso. Participa das gravações do programa “Teatro e circunstância”, com direção de Amilcar Claro e roteiro de Sebastião Milaré

O Segredo da Arca de Trancoso estreou no Sommerwerft Teather Festival am Fluss em 05.08.2012 na Alemanha e fez temporada Salvador, onde participou da programação do FILTE e do Mostra SESC de  Artes – Aldeia Pelourinho e Aldeia Olhos D´Água. Em 2013 circulou pelo Nordeste pelo edital Myriam Muniz de Teatro e foi premiado pelo Prêmio Braskem de Teatro na categoria Melhor Espetáculo Infantojuvenil. Ainda neste ano apresentou-se no Parque Ibirapuera em São Paulo e na Cidade do Saber, em Camaçari, na Mostra Circuito Baiano de Teatro.

O Grupo realizou ainda duas ações na região do Baixo Sul da Bahia.  O projeto “A Caravana da Ilusão”, que montou o espetáculo homônimo com alunos de uma oficina ministrada pelo grupo e o “Baixo Sul em Cena”, que montou e circulou pela região com a mostra resultante de uma oficina de 160 horas, intitulada “O Porto dos Sonhos”.

Em 2014 o grupo participa do Palco Giratório, circulando por mais de 30 cidades do Brasil. Inicia sua nova montagem, “O Castelo da Torre” que estreou em agosto de 2015 e cumpriu temporada no Solar São Dâmaso, no Pelourinho.  A peça teve quatro indicações ao Prêmio Braskem de Teatro, levando o prêmio de Melhor Direção para Meran Vargens. Em 2016 faz circulação por 5 cidades do interior da Bahia com o mesmo espetáculo.

Em 2017 faz temporada com Passaredo, Passarinholas, que recebe indicação de Melhor Espetáculo Infantojuvenil pelo Prêmio Braskem de Teatro. Ainda em 2017 inicia a montagem de Medeia Negra, e faz novas temporadas de Passaredo, Passarinholas, além de coproduzir o Festival Maré de Março. A partir de janeiro de 2018 a sua sede (Casa Preta Espaço de Cultura) passa por uma pequena reforma e o seu “Teatro de Janela” é inaugurado. O grupo inicia um projeto de manutenção, por meio de edital público, que contemplaou uma série de leituras dramáticas, circulação de espetáculos, lançamento de revistas e álbum musical, além de atividades formativas.